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CONFIRA A ENTREVISTA COM PAULO BARON, DIRETOR DA TOP LINK PARA O BLOG HEAVY NATION
Postado em 21 de February de 2013 @ 8:00 pm | 4,766 views


Garotinha com camisa do Live N’ Louder inspirou volta do festival, diz promotor; Angra fecha o cast

Por Maurício Dehò

Todo mundo sabe que os metaleiros (ou headbangers, como o leitor se sentir melhor) são órfãos dos grandes festivais, no nível do que se via na década de 1990. Qualquer boato novo já gera expectativas enormes e o mesmo rolou há alguns dias com a notícia de que o Live N’ Louder está de volta. Pois é. Depois daquelas duas edições de 2005 e 2006, que agitaram a cena, o festival retorna no próximo mês de abril, mas diferente, enxuto. São seis bandas, um local menor e expectativas também modestas. E tudo surgiu por uma insólita cena em uma praia: uma garotinha vestindo a camiseta do evento.

Paulo Baron, um mexicano que se estabeleceu no Brasil há alguns anos, conta que ver a menina com a camiseta do Live N’  Louder foi o estalo em sua cabeça para o retorno. A diferença é que a noitada é, basicamente, uma comemoração, nos 25 anos de sua empresa, a Top Link.

O Heavy Nation bateu um papo com o Baron para entender bem qual é a desta notícia. Ele confirmou o local, no Espaço das Américas e contou que o Angra foi adicionado ao cast, tendo como vocalista Fabio Lione (Rhapsody). Além disso, detalhou a escolha das outras bandas – Twisted Sister, Loudness, Metal Church, Molly Hatchet e Sodom – e deixou no ar que um bom resultado desta edição pode dar continuidade ao projeto. Mas chega de papo, leia o que o idealizador do LNL tem a dizer sobre o assunto:

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Heavy Nation: Paulo, de onde surgiu a ideia de retomar o Live N’ Louder, tanto tempo depois?

Paulo Baron: Olha, na verdade tinha muita gente que escrevia em emails, ou nas redes sociais sobre o Live N’ Louder, todo mundo me perguntava sobre isso. Te digo, eu não gosto de fazer festivais, porque tive muito desgaste naquela época do Live N’ Louder, em 2005 e 2006. Foi feito tudo na marra, com nosso próprio investimento, era complicado conseguir as bandas e gerou um desgaste emocional muito grande. Eu sempre pensei em voltar a fazer, mas foi quando eu estava na praia e vi uma menina de uns 12 anos com uma camiseta do Live N’ Louder que eu falei: ‘nossa, já faz tanto tempo’. Deu vontade, e no dia seguinte eu acordei e falei: ‘quer saber, vou fazer o Live N’ Louder, mas que seja comemorativo a nosso aniversário de 25 anos, com bandas que eu curto e que seja legal’. Liguei para o Dee Snider, vocalista do Twisted Sister, convidei, e ele falou: ‘claro que vou para aí’. Foi isso.

Quando foi isso?

Cara, literalmente, isso foi criado na primeira sexta-feira de fevereiro e em dez dias nós fechamos o festival.

Depois do Live N’ Louder você havia comentado sobre esse desgaste e deu a entender que o público não dá valor a iniciativas assim. O que mudou sua opinão?

O roqueiro brasileiro está carente de um festival de Metal. O que aconteceu em São Luís [com o Metal Open Air] deixou muitos fãs desapontados, como se estivessem órfãos. Foi uma imagem muito ruim para o mundo. A ideia do Live N’ Louder não é competir com nenhum festival. Para ser bem sincero, não estou nem pensando em lucrar. Estou tentando me divertir com uma coisa que eu mesmo criei há muito tempo. Achei que era o momento certo. As principais bandas para mim de todos os tempos são Van Halen, Twisted Sister e Scorpions, e depois Def Leppard. Se tenho uma delas trabalhando comigo, já está perfeito.

Rádio UOL: Ouça um novo som do Helloween no Heavy Nation 91 

Que detalhes você pode passar em termos de estrutura?

Estou tentando fazer um festival mais enxuto, menor, para ter uma produção mais tranquila e não me preocupar se vou ou não lotar. Será feito com um palco e a ideia é que seja uma comemoração da Top Link, para valorizar a marca, com os fãs participando dessa festa no Espaço das Américas.

Dá para pensar em outras edições do Live N’ Louder?

Se o festival me deixar satisfeito no sentido de que tudo saiu bem, o público gostou e tal, vamos pensar em fazer uma outra edição.

Como foi a escolha das bandas?

Pensei no que eu queria para um festival e fechei muito rápido. Eu escolhi sete bandas e cinco me falaram que sim. Não imaginei que seria tão rápido. Montei tudo em uma semana, foi muito rápido. Depois disso, chamamos o Angra para completar, com o Fabio Lione.

Mas o que motivou estes nomes? Você privilegiou um cast com bandas das antigas.

É o rock que eu gosto. Não é que não escuto bandas mais novas, foi simplesmente algo que fazemos na Top Link: “faça as coisas que você gosta, porque assim você sempre estará feliz”. Eu levantei bandas que eu escuto no carro e lembro como era legal. Por exemplo, o Metal Church era uma banda que eu gostava no começo dos anos 1980 e vi que eles retornaram. Achei legal e quis chamar. E assim foi. O Sodom foi a única banda que eu não escolhi assim, porque faltava um artista mais pesado, que eu gosto, mas que coloquei para agradar ao público. Já o Molly Hatchet é uma banda que eu gosto de escutar andando de moto.

Mudou o cenário desde que o último Live N’ Louder? Hoje o Metal teve um novo crescimento, seja com a volta de bandas e estilos antigos, seja com novos “rótulos”, como o Metalcore.

Eu acho que há umas bandas novas que vem por aí e que estão se destacando para a nova geração de metaleiros, mas penso que hoje estão mais forte do que nunca as bandas dos anos 80. Voltaram com tudo. Aquela velha guarda de bandas de metal está mais forte do que nunca. É só ver os sites de grandes festivais da Europa e 80% são bandas da velha guarda. Mesmo ver um filme como o “Rock of Ages”, com um artista como o Tom Cruise, mostra o poder dos anos 80.

O Rock in Rio vem aí mais uma vez. O que você acha do estilo de trabalho e das escolhas deles?

Me deu alegria ver eles colocando bandas de Metal de novo. Mas eu os vejo como uma empresa de marketing. Eles vão vender o produto segundo o que for a melhor conveniência para a época. O fato mesmo de ter escolhido tantas bandas de Metal de novo, e várias são antigas, é porque o Metal está na moda. Mas, se não tivesse na moda, não acho que teriam essas bandas. Nomes como Metallica, sim, mas não com a importância que estão dando hoje, com bandas como o Ghost. Acho que é uma grande empresa que sabe fazer negócios e simplesmente o Metal está em alta e eles foram atrás…

Você acompanhou o que ocorreu no Metal Open Air? O que deu errado ali?

Eu não gostaria de polemizar sobre este assunto. Tudo o que poderia ser dito, já foi visto em fatos. Então, só penso que todas as pessoas do showbiz precisam ser responsáveis. Lidamos com seres humanos, temos de cuidar com o que podemos oferecer. Com tantos nomes, poderíamos fazer festivais de três dias, cinco dias. Conheço as bandas e poderia investir nisso. Mas, se sinto que não vai vingar… Cada um tem que saber o próprio limite. Não quero polemizar, opinar sobre o que foi feito bem ou mal. Mas considero que, para qualquer promotor, todos temos de ter a consciência de que trabalhamos com ser humanos e se nossas capacidades podem fazer o que estamos querendo em nossas cabeças.

Para quem se interessar, vou deixar aqui um link de uma outra entrevista que fiz há uns anos com o Paulo Baron, em que ele conta sua história de vida, causos do LNL e mais. Dá uma olhada

Por: Heavy Nation

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